sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Debate para Prefeito de Belo Horizonte


Ontem a Globo transmitiu o último debate para Prefeito em mais de 90 municípios. Belo Horizonte, diferente de São Paulo e Rio não ficou de fora dessa. O debate foi interessante e provou que um segundo turno não será tão ruim assim, afinal num ano de candidatos despreparados, jovens demais, inexpressivos e testas de ferro, um tempo para pensar mais e rever propostas é o melhor a fazer.

Antes de eleger meu vencedor, já adianto que o maior perdedor desse debate se chama Márcio Lacerda. Fraco, mal vestido (Pegou o terno do irmão mais gordo emprestado) e sem a maioria das respostas na ponta da língua, o candidato de Aécio e Pimentel foi massacrado pelos outros quatro participantes, principalmente por Jô Moraes e Sérgio Miranda. Vou comentar um a um pelo meu ranking pessoal:

Márcio Lacerda

Sem respostas, não soube aproveitar as perguntas muito menos as réplicas e tréplicas, o mais despreparado dos candidatos levou chumbo de todos os lados. O momento mais constrangedor foi quando entrou numa discussão sobre o orçamento e admitiu não ter recebido os dados da prefeitura, inadmissível para um candidato do governo. Pediu um direito de resposta prontamente negado pela equipe da Globo.


Jô Moraes

A Candidata ex-líder nas pesquisas só não foi a mais fraca porque teve o metralhado Lacerda, ela exerceu um papel importante para enfraquecer o candidato do Prefeito. Por isso, foi quem apresentou menos propostas e desvirtuou as respostas sempre levando pro lado do Lacerda.


Leonardo Quintão

Assumindo o posto de segundo colocado nas pesquisas, foi bem nas respostas e perguntas, sempre conseguindo aproveitar muito bem suas réplicas e tréplicas. Ficou repetitivo a partir do quarto bloco, parece até que ficou sem assunto. Ele sabe falar com o eleitor mais humilde, por isso deu essa virada e pode ir para o segundo turno, como em time que está ganhando não se mexe, prepare-se para ver essa fala mole e capial por mais vinte dias.


Gustavo Valadares

Zero a esquerda deveria ser o nome do candidato. Passou toda a campanha escondendo o sobrenome para se desvincular do pai, mas foi bem no debate. Respondeu todas as perguntas mas ficou demasiadamente em cima do muro, querendo manter a boa vizinhança com todos acabou se anulando.


Sérgio Miranda

O mais bem preparado, atacou Lacerda e sua aliança Frankenstein na medida certa e ainda conseguiu mostrar seus principais planos e idéias. Sempre com perguntas inteligentes e respostas mais ainda, deve ter angareado alguns votos, porém não é suficiente para levar essa, talvez se tivesse mais projeção e mais empatia, levaria essa prefeitura de balaiada.


O balanço final foi bem positivo, todos os candidatos se empenharam em mostrar que ao contrário do que Aécio e Pimentel diziam, eles iriam continuar as obras. Ainda esclareceram que muitas das obras na cidade são referentes ao PAC e qualquer prefeitura conseguiria isso. Salientaram também que um prefeito deve ser um poítico de liderança, não é um síndico e uma prefeitura não vive somente de obras.Foram corretos em não atacar Pimentel nem Aécio, apenas apontar falhas que eles seriam capazes de corrigir, como o metrô e o saneamento. Sérgio Miranda e Leonardo Quintão Falaram com propriedade do orçamento da Prefeitura que foi chamado de buraco negro.

2 comentários:

Priscila Cunha disse...

Oi, Gustavo! Obrigada pelo apoio lá no blog.

Concordo com vc: Lacerda estava nervoso e perdido. Deixou claro que é só um personagem explorado por Pimentel e Aécio.
O que mais me admirou foi a estratégia, que mais parecia suicida. Algumas perguntas foram feitas para os candidatos mais fortes. Deu mais visibilidade a eles. E quando eu pensava que era pela réplica que Lacerda o fazia, vinha uma resposta vaga, que nada acrescentava.

A Jô Moraes realmente me pareceu consolada em não ir para o segundo turno. Então, fez o papel de metralhadora mesmo. Ótimo para os demais candidatos.

Sérgio Miranda realmente me surpreendeu. Mas, você está certíssimo: falta projeção e empatia.

Gustavo Valadares começou nervoso igual a menino que vai apresentar trabalho a professor bravo. Mas, depois, foi muito bem. Quis ser o bonzinho: "não estou aqui para criticar ninguém. Quero mostrar as minhas propostas". Enquanto Jô e Sérgio Miranda ajudavam Quintão, a impressão é que Gustavo Valadares não queria esse papel coadjuvante. Queria ainda brigar para ser o nome do segundo turno.

Abraços!

Anônimo disse...

Olá, tudo bem? Achei seu blog quando procurava mais comentários sobre o debate de ontem.
O que mais me agradou no debate foi o desempenho do Márcio Lacerda. Parece-me que ficou claro para todos os que assistiram ao debate, com algum espírito crítico, que ele não tem condições de assumir a prefeitura da nossa capital. Testa de ferro sim!
a JÔ começou mal,mas depois conseguiu ser mais doce e propositiva como é do feitio dela. Aquele primeiro embate entre ela e o Lacerda foi chato,mas serviu para esquentar o debate e abriu a possibilidade de ela falar sobre a vitória no TSE. Mesmo essa vitória não tendo servido para mta coisa, é bom que a notícia seja divulgada. E acredite, muita gente não sabia.
O Leonardo tem uma qualidade excelente pra um político:saber atingir a todos. Claro que tem muito jogo de cena, mas ele num me passa uma impressão ruim. Ele foi atencioso com todos os candidatos e soube também deixar que os outros brilhassem. Generosidade, mesmo que calculada, soou bem.
Sérgio Miranda é sempre Sérgio Miranda. Tem potencial, tem uma história de luta mto bonita e verdadeira. Concordo que falta simpatia a ele, mas isso pode ser resolvido. E tem outra:simpatia não é atributo necessário para um bom prefeito.
Gustavo agiu acertadamente. Naõ se posicionou na briga entre a pseudo candidatura da aliança e os outros. Tentou se posicionar como um candidato de propostas. é verdade que ele ainda está despreparado,mas creio que tenha futuro.