Ingredientes:
De volta para o futuro
De volta para o futuro 2
Los cronocrimenes
carrie, a estranha
efeito borboleta
cultura brasileira
Modo de Preparo:
Pegue a festa com humilhação de "Carrie", coloque uma pitada das idas e vindas temporais e do humor de "De volta para o futuro 1 e 2" com o loop de "Los Cronocrimenes", junte com os paradoxos de "Efeito borboleta e por fim salpique cultura brasileira a gosto.
Bata tudo no liquidificador
Impressões:
E se você pudesse mudar o dia mais traumático da sua vida?
O que isso influenciaria na sua personalidade hoje?
Te faria uma pessoa melhor? ou pior?
Ao ver o trailer de O Homem do futuro, fiquei desanimado. Assistir Wagner Moura na pele de um viajante do tempo vestido toscamente de astronauta me fazia dar nenhum crédito ao filme, já que imaginava que aquela roupa de astronauta seria a vestimenta que ele usava para vir de algum futuro distante ou algo parecido.
Ainda bem que estava engandado. A roupa de astronauta era só uma fantasia para uma festa. outro detalhe que vende mal o filme no trailer é divulgá-lo simplesmente como uma comédia romântica, claramente com a intenção de fisgar o público feminino. O Homem do futuro é uma gostosa aventura com toques de humor de uma maneira que há tempos não via no cinema nacional (O homem que copiava, talvez).
O filme começa com Zero (Wagner Moura), um típico professor universitário de física, desleixado, curvado e com o cabelo todo desgrenhado. Ele está prestes a ligar uma máquina que poderá gerar uma nova forma de energia. Pra variar a máquina dá errado (ou certo), ele é transportado para o pior dia da vida dele, 22 de novembro de 1991, quando foi humilhado pela mulher que ama (Alinne Moraes) na festa festa a fantasia da faculdade. Ele então percebe que tem a oportunidade de mudar seu destino.
Na chegada de Zero a 1991 temos as cenas mais engraçadas do filme, o choque de época é digno daquele visto em "De volta para o futuro". Infelizmente dura pouco e já somos lançados na ágil trama principal do filme, que segue num crescendo que não para mais. É na hora da comparação com "De volta para o futuro" que o filme ganha força. Se fosse feito sem personalidade, poderia muito bem ser considerado uma cópia descarada dos dois primeiros exemplares trilogia. Todos os elementos estão ali, mas de uma forma tão paradoxalmente original e gostosa que nos rendemos às "homenagens" com um sorrisinho no canto da boca, tal qual quando vemos algum filme de Tarantino. A apresentação musical com Wagner Moura e Alinne Moraes cantando Tempo Perdido já entrou pra minha lista das sequências musicais mais memoráveis do cinema ao lado de Johhny B.Goode interpretado por Michael J. Fox.
Além de tudo, é a primeira vez desde Tropa de elite 2 que vejo um filme nacional sem ter cara de especial da globo. É filme de verdade, com trilha sonora, efeitos e direção muito competentes.
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